quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Existe uma nova classe média brasileira?

O Brasil ocupa uma posição em torno do décimo lugar no ranking de desigualdade social do mundo segundo o relatório do Pnud ( Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Contudo, o abismo que separa a fartura da miséria está sendo, gradualmente, atenuado e uma prova de tal fato é o crescimento da classe média nos últimos anos.
Esse aumento se deve em parte a um planejamento focado em programas sociais- os quais mesmo carentes de fiscalização e melhoramentos, são uma alternativa provisória de combate à diferença gritante que há entre o topo e a base de nossa pirâmide social- e na geração de empregos, sendo que um dos setores que mais empregaram população foi o da construção civil, pois nunca foram edificadas tantas obras no país.
Uma vez que o número de empregados cresce, cresce também o poder de consumo, o qual permite, aliado a melhores empregos, que os brasileiros ascendam econômica e socialmente, além de exigir prosperidade da produção, o que faz com que as empresas busquem modos de produzir mais e melhor. Tal relação é o próprio ciclo de desenvolvimento de um país. Assim, a emersão dessa camada populacional, agora mais sedenta e também detentora de poder econômico, caracteriza o que se chama "nação em desenvolvimento" (claro, é preciso somar ao fator econômico aspectos como saúde, educação, saneamento básico, os quais não devem ficar estagnados, mas aí já é outra história).
Nosso país, portanto, vem minimizando, ainda que bastante lentamente, os contrastes sociais através da ampliação da atuação econômica daqueles cuja participação até então era pequena ou mínima, desenvolvendo a nova classe média brasileira.

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