domingo, 21 de agosto de 2011

joana 2.

Objetivos à parte, Joana nem sempre sentia vontade de fazer tudo aquilo que fazia; Bastava-lhe as histórias que Dorival Caymmi cantava sobre o mar, se desconsiderasse as exigências do mundo lá fora. Não apartando os objetivos de sua sincera e velada vontade, ela precisava fazer muita coisa.
Após algumas tentativas frustradas, estava continuando agora. Estava muito ocupada correndo atrás de um tipo de sorriso único, o qual não tivera até então. Sabia: quase sempre levava crédito de si mesma e dos outros.
Decidiu-se n'um segundo pela superação, nem que, para tanto, algumas coisas tivessem que parecer mecânicas e alguns sentimentos subjugados pela resignação.
No quarto seguinte de segundo suficiente para lembrá-la das incontáveis vezes que decidira o mesmo e, no entanto, continuou estagnada, avaliou que talvez o momento ou talvez os pequenos fracassos lhe causassem esse espírito de mar que invade e recua e invade e recua e invade e recua, e que lhe levava a cada recuo a determinação, deixando apenas uma preguiça, um cansaço, um sono e a vontade de fugir.

3 comentários:

  1. Nossa, você está escrevendo super bem,parabéns!!
    O blog ta bem legal =)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Como diria meu falecido pai "C'est La Vie":

    http://letras.terra.com.br/dr-sin/1079665/traducao.html

    :D

    http://milkshakespeare.blogspot.com/2011/08/cest-la-vie.html

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